Durante a celebração de uma Missa solene com ocasião do Dia Mundial da Paz, o Arcebispo de Caracas, Cardeal Jorge Urosa Savino, parabenizou o Governo pela recente lei de Anistia, que liberará da prisão a numerosos dissidentes, mas assinalou que a aplicação da mesma ainda pode melhorar.
O Cardeal concelebrou a Missa em 6 de janeiro, em companhia do Núncio Apostólico, Dom Giacinto Berloco e o Presidente da Conferência Episcopal da Venezuela, Dom Ubaldo Santana.
Ao referir-se à aplicação na Venezuela da Mensagem para a Jornada Mundial da Paz, do Papa Bento XVI, o Cardeal Jorge Urosa, assinalou que o decreto de Anistia emitido pelo Presidente Hugo Chávez constitui "um passo muito bom na direção do reencontro, especialmente entre os setores políticos".
De igual maneira, fez votos porque os novos ministros nomeados pelo Presidente realizem a cabo "um estupendo trabalho no campo que lhes compete, segundo à constituição e às leis, para promover a convivência social de todos os venezuelanos".
"Especialmente faço votos porque o novo Ministro do Interior e Justiça, a quem parabenizo, implemente as políticas necessárias para eliminar esse banho de sangue que cobre as ruas de Caracas e de muitas cidades da Venezuela, os fins de semana. Tomara que o Ministro ajude a todos, e às pessoas simples que vêem com tanta dor como se matam seus filhos", adicionou.
Por sua parte, o Núncio Apostólico, Dom Giacinto Berloco, estimou que o decreto de Anistia deveria "abranger casos que tecnicamente não estão contemplados dentro dos aspectos que considera, mas que neste espírito de reconciliação e neste espírito também de magnanimidade, pode estender-se às pessoas que têm diferenças de opinião com o Governo".
Boas Novas
Finalmente, o Cardeal Urosa assinalou que a Conferência Episcopal Venezuelana, que se reúne em Assembléia anual nessa segunda-feira sete de janeiro, "dará a conhecer uma boa notícia a respeito da beatificação da Madre Candelária de São José".