O Presidente do Instituto de Política Familiar (IPF), Eduardo Hertfelder, qualificou de “intolerável” que diante do alarme social produzido pelos recentes casos de abortos ilegais e a constatação do "coador" que supõe a atual legislação, o Ministério de Sanidade "seqüestre" os dados do número de abortos realizados na Espanha durante 2006.

Segundo Hertfelder, esta “falta de transparência” constata a nula vontade que tem a Administração de encarar o problema. Ante esta situação, o IPF reclamou a “publicação imediata” dos dados do aborto registrados no país durante o ano em questão.

Segundo estimativas do IPF, em 2006 teriam sido superados os 98 mil e 500 abortos, o que significaria que “cada dia na Espanha deixaram que nascer 270 crianças por causa do aborto. Isto supõe que se produz um aborto cada 5.3 minutos”.

Em uma nota de imprensa, o IPF assinala que os dados oficiais das comunidades espanholas com maior número de abortos –Madri, Barcelona, Andalucia, Valência e Balear– confirmam estas estimativas já que nestas comunidades se alcançou a cifra de 76 mil e 484 abortos.

Segundo o IPF, os dados de 2006 são de tal envergadura que “se alcançou quase a barreira dos 100 mil abortos anuais” e que “se superou o milhão cem mil abortos (1.119.000 abortos), desde que foi legalizado em 1985”.