Longe de distanciar-se publicamente das sérias irregularidades cometidas em centros abortistas em Barcelona e Madri recentemente intervindos pelas autoridades policiais locais, o Ministro da Saúde da Espanha, Bernat Soria, qualificou de "inquisidores" aos que tiraram a luz esta informação e aqueles que pediram que ao menos se respeitasse a lei vigente.

Em declarações a uma rádio local, o funcionário socialista assinalou respeito ao debate sobre o aborto que se trata de algo "já transformado na Espanha".

"Não podemos voltar para os tempos da Inquisição, voltar para 500 ou 300 anos atrás. O país que inventou a Inquisição parece que não quer esquecer-se dela. Não pode ser que haja um 5 ou 6 por cento de pessoas que queiram ser os inquisidores do resto".

Soria, que será candidato do PSOE pelo Alicante nas eleições gerais de março próximo não fez menção dos trituradores de fetos humanos, do fechamento dos locais abortistas do doutor Carlos Morín nem do achado de informe assinados mas com a opção da grávida em branco e com a do "risco para a mãe" já marcada.