Depois da aprovação no Senado uruguaio de uma lei que permite o aborto até a semana 12 de gestação, resta ainda o debate deste projeto na Câmara de Deputados. De ser aprovado nesta câmara, os uruguaios esperam o veto administrativo do Presidente Tabaré Vásquez, medida oferecida por ele mesmo, para que a lei não se aplique.

A respeito, a ONG Pró-vida da Argentina, assinalou que o mandatário afirma que ele já "vetou politicamente esta iniciativa e que o referendará administrativamente se chegasse a ser sancionada. O veto foi explicitado de modo público através de declarações à imprensa oral e escrita".

"O Uruguai vive, como o resto dos países da região, uma intensa pressão para trocar suas normativas internas e para que adotem a agenda que determinados centros de poder internacional querem impor", indica o Presidente de Pró-vida, Dr. Roberto Castellano.

"A anticoncepção, o aborto provocado químico ou cirúrgico, a promoção da homossexualidade como valor cultural, a eutanásia, o feminismo de gênero antifamilia, o indigenismo panteísta e o ecologismo catastrofista, não são mais que armas ideológicas que se utilizam para formatar a sociedade na aceitação do controle demográfico, a subordinação jurídica colonial e a aceitação do subdesenvolvimento como manifestação de progresso renegando de toda visão espiritual ou transcendente do ser humano", explica.

Para Castellano, "insiste-se que os países da região não cresçam, mantendo-se como simples fornecedores de matérias primas, destinando seus exíguos recursos a atender o sistema financeiro externo de suas dívidas externas, descuidando o investimento social necessário para suas próprias populações".