Ao receber os membros da Comissão Teológica Internacional, o Papa  João Paulo II  assinalou nesta quinta-feira que o homem é capaz de conhecer a verdade sobre a conduta moral objetiva; contra quem assinala que a moral é “relativa”.

Ao falar sobre um dos temas de estudo da comissão, o destino das crianças que morrem sem receber o batismo, o Papa disse que “não se trata simplesmente de um problema teológico isolado” já que há “outros temas muito fundamentais que se relacionam estreitamente com este: a vontade salvífica universal de Deus, a mediação única e universal de Jesus Cristo, o papel da Igreja, sacramento universal de salvação, a teologia dos sacramentos, o sentido da doutrina sobre o pecado original”.

O Santo Padre lembrou que o segundo tema sobre o que estão refletindo é o da lei moral natural. “Sempre foi uma convicção da Igreja que Deus tenha dado ao ser humano a capacidade de chegar com a luz de sua razão ao conhecimento de verdades fundamentais sobre sua vida e seu destino, e em concreto sobre as normas de seu reta conduta”.

“Destacar  frente a nossos contemporâneos esta possibilidade –acrescentou o Santo Padre- é muito importante para o diálogo com todos os homens de boa vontade e para a convivência em todos os níveis sobre uma base ética comum”.

A revelação cristã –concluiu- não faz com que esta busca seja inútil; ao contrário, empurra-nos para ela, iluminando o caminho com a luz de Cristo, no qual tudo tem consistência”.