O Presidente da Comissão de Meios da Conferência Episcopal Venezuelana (CEV), Dom Baltazar Porras Cardoso, disse que os venezuelanos devem manter uma vigilância pacífica a qualquer tentativa de reformular aspectos da reforma constitucional.

"De forma pacífica terá que tratar de que estas coisas não se levem adiante porque o que há é uma brincadeira, e nesse caso a desobediência ativa é absolutamente válida porque a aprovação de qualquer lei que vá à linha da reforma seria írrita, é ilegítima. O povo não pode nem avalizar nem cumprir uma norma a qual não tem nenhum direito o Parlamento ou Lei Habilitante de pôr em prática", assinalou o Prelado a Unión Radio.

O também Arcebispo de Mérida afirmou que "os venezuelanos não são nem pró nem contra", mas sim "queremos construir um país no que não precisemos cair a golpe para ter um espaço"; também recordou que os poderes públicos devem servir à população e não a nenhum governo.

O também Primeiro Vice Presidente do CELAM criticou que o Presidente Hugo Chávez se dedique a tratar de solucionar os problemas de outros países antes de cumprir sua "primeira obrigação" que é atender "nosso próprio país". Do mesmo modo, disse que depois de nove anos governando não pode seguir culpando a outros dos problemas nacionais. "Nove anos são pelo menos suficiente para que uma criança aprenda a caminhar e falar", afirmou.