O Observatório para a Liberdade Religiosa e de Consciência denunciou que o Ex-embaixador da Espanha ante a Santa Sé, Gonzalo Puente Ojea, disse no "concílio" ateu de Toledo e alguns meios, que os espanhóis são "pessoas alienadas e intolerantes" por acreditarem em Deus.

O diplomático tinha declarado que "muitos dos problemas que tem a sociedade espanhola exposta se podem represar razoavelmente fazendo uma análise efetiva contra a superstição e contra os estereótipos herdados do passado" e "a sociedade espanhola, contra o que se diz, é tudo menos tolerante, começando pelo Governo e seguindo pela Igreja, e em definitiva, pela população que é presa e vítima dessas atitudes de intolerância".

Depois destas afirmações do Ex-embaixador, o Observatório advertiu "dos perigos que encerra confundir superstição com religião; enquanto que a primeira condiciona à pessoa a ter uma atuação para adquirir ou perder sorte ou desgraça, da segunda se deriva uma espiritualidade global, seguida de um conjunto de normas morais. De fato, segundo o dicionário da Real Academia Espanhola, a superstição é uma 'crença estranha à fé religiosa e contrária à razão'".

"Faz-se patente, portanto, a ignorância do senhor Puente Ojea nesta matéria, ignorância que não lhe impede, entretanto, atrever-se a chamar 'supersticiosos' aos que praticam a Liberdade Religiosa", explica o Observatório.

Em seguida, o Observatório denuncia que algumas pessoas, como Puente Ojea e o Ministro do Assunto Exteriores, Miguel Ángel Moratinos; "estão-se dedicando a confundir às pessoas de bem", com "a falsa equivalência 'religião – intolerância', ou 'religião – violência'", que não é "mais que uma amostra, esta vez sim, de intolerância radical, ou, desgosta-nos dizê-lo, de uma Religofobia intolerante, que trata, com argumentos vazios, de danificar o direito fundamental da fé".