A Comunidade de Madri fechou nesta cidade o abortuario conhecido como Instituto CB Medical Ginemedex, filial das clínicas de Barcelona propriedade do magnata do aborto Carlos Morín, depois de detectar "grandes irregularidades em histórias clínicas" e determinar o "grave risco" para a saúde das mulheres às que se submetia a esta prática anti-vida nele.

EFE informa que, em uma inspeção da Comunidade no dia 5 de dezembro, os inspetores detectaram "graves irregularidades" no centro, já que "o ginecologista que supostamente assinava os abortos praticados não se correspondia com o que realmente" acabava com a vida dos não nascidos.

Além disso, o ginecologista de iniciais R.T. disse aos inspetores que as histórias clínicas suspeitas não correspondiam à pacientes delas e não reconheceu como sua a assinatura que aparecia nas mesmas; que em teoria deviam ter estado assinadas por ele. R.T. também indicou que não praticou nenhum aborto no lugar. Do mesmo modo, comprovou-se que o psiquiatra do centro não tem título profissional, o que o invalida para assinar relatório.

Ao conhecer este caso, diversos grupos pró-vida aplaudiram o fato e já se pronunciaram a respeito. O Presidente do Foro Espanhol da Família (FEF), Benigno Blanco, denunciou que "o aborto se converteu em um puro negócio mercantil que colabora a uma situação estrutural de violência contra a mulher e de desprezo à constituição e seus valores"; e pediu também que fique fim à situação atual de fraude de lei na aplicação da chamada "Lei do aborto" e uma reforma legal para estabelecer pelo menos um prazo máximo de gravidez para o "aborto terapêutico".

"Desejamos que todas as clínicas de aborto na Espanha sejam submetidas a um controle estrito como se está fazendo com as do império Morín", assinalou por sua parte Reneé Martínez, porta-voz de Associação de Vítimas do Aborto (AVA); cuja organização procura que se melhorem os consentimentos informados, fixem-se padrões de segurança que regulem os centros de aborto, que se informe à mulher sobre as alternativas e o desenvolvimento fetal, entre outras ações para a defesa da mãe grávida e seu filho.

A seu turno, a doutora. Gádor Joya, porta-voz do Hayalternativas.org, comentou que "tanto em Madri como no resto da Espanha, está-se levando a cabo uma fraude de lei na prática totalidade das clínicas abortivas, e das distintas administrações sempre se olhou para outro lado. Felizmente, os fatos acontecidos recentemente em Barcelona parece que despertaram algo de sua letargia aos responsáveis políticos, e esperamos que isto seja só o começo".

Deste modo solicitou à Comunidade de Madri revisar as subvenções que se contribuem a este tipo de clínicas abortistas, que procedem do dinheiro dos madrilenos, e que se ajude mais às associações que trabalham pela mulher e o não nascido.