O Bispo da Santa Fé da Beira Cruz, Dom José Maria Arancedo, chamou as novas autoridades nacionais, como a Presidente Cristina Fernández do Kirchner, e provinciais a fazer um uso ético do poder outorgado, protegendo aqueles princípios não negociáveis como o direito à vida e o matrimônio entre um homem e uma mulher.

"Esta consciência do valor da autoridade é um imperativo para todos, especialmente para quem ocupa o poder, e o deve exercer não só desde consensos ocasionais ou interesses mesquinhos, mas sim da exigência de um ‘atuar ético, baseado no reconhecimento da lei moral natural’", expressou o Prelado citando o Papa Bento XVI.

Nesse sentido, explicou que quando a Igreja fala de princípios que não são negociáveis, "refere-se a verdades que têm seu fundamento na ordem natural e que devem ser defendidas em toda circunstância".

Assinalou que o direito positivo tem seu fundamento no direito natural e por isso não lhe pode opor. Quando falamos de defesa da vida e o matrimônio, indicou, "referimos a uma realidade que nos antecede e que nos sustenta como sociedade. Definir algo, como o faz a Constituição, é marcar certamente um limite, mas isto não limita a liberdade mas sim a orienta ao bem do homem e a sociedade".

Do mesmo modo, Dom Arancedo recordou às novas autoridades que "o governo é um instrumento da Constituição a serviço do bem comum", e indicou aos católicos que "a participação na política não conclui com a emissão do voto. Aos primeiros cristãos lhes recordava, inclusive, o dever de rezar pelas autoridades legitimamente constituídas porque participam da autoridade de Deus".