O Vice Presidente da Conferência Episcopal Venezuelana (CEV), Dom Roberto Lückert, solidarizou-se com o Arcebispo de Caracas, Cardeal Jorge Urosa Savino, ante os ataques de setores chavistas e os quais são uma amostra mais da beligerância promovida pelo Presidente Hugo Chávez.

Em declarações a Unión Radio, o Prelado criticou as expressões do mandatário para os bispos, assim como o ataque contra o Cardeal Urosa, a quem em sexta-feira passada um grupo de chavistas conhecido como "A Esquina Quente" agrediu-o "quando saía do Palácio, insultando-o e golpeando o automóvel em que estava.

"Eu acredito que com a violência não se constrói nada, e acredito que isso que lhe passou ao Cardeal Urosa não lhe soma ao Governo, subtrai-lhe", assinalou Dom Lückert.

Por isso, pediu aos venezuelanos protestar pela presença agressiva "desses descarados que estão no Plaza Bolívar, porque essa praça já não é dos venezuelanos, mas sim de um grupo de descarados que estão ali vermelhos e entendo que pagos pelo Governo e cada vez que alguém passa de batina me exponho a que me saiam um pouco de bandidos desses a me insultar".

Do mesmo modo, o também Arcebispo de Coro disse que os bispos "confiamos em que o povo venezuelano seguirá apoiando a sua Igreja ante as ameaças do Presidente da República. Não sinta saudades que comece a inventar coisas contra a Igreja".

Dom Lückert pediu ao Governo trabalhar pela unidade e os problemas do país, "e não estar ao redor de tanta demagogia para fora resolvendo os problemas da Nicarágua, da Bolívia e da Argentina".

"O Governo deve trabalhar em construir a unidade e a diversidade e respeitar a dissidência, mas parecesse que não aprende a lição", assinalou e criticou que Chávez queira "obrigar a que sua reforma socialista comunista se imponha a como da vontade".