A organização E-Cristians, depois da detenção em Barcelona de Carlos Morín, um dos magnatas do aborto, exigiu uma profunda investigação nos inquéritos da "Associação de Clínicas Creditadas para a Interrupção da Gravidez - ACAI" (30 centros abortistas da Espanha) pois, conforme indicam, em numerosas clínicas deste consórcio anti-vida se praticam abortos ilegais.

Ante o escândalo das clínicas Ginemedex –propriedade do Dr. Carlos Morín, aonde se assassinava a bebês de até oito meses de gestação– ACAI assinalou em uma nota de imprensa de 28 de novembro que "não podemos permitir que o direito ao aborto das mulheres volte a ficar sob suspeita ante esta situação. A conquista de um direito sexual e reprodutivo básico, reconhecido internacionalmente, não pode voltar a ser questionado em nosso país, nem tampouco o trabalho dos(as) profissionais que atendo-se à lei, deve cobrir uma demanda legal e social existente em nosso país".

Em uma carta enviada hoje 5 de dezembro pelo Presidente do E-Cristians, Josep Miró I Ardèvol, à Conselheira de Saúde, Marina Geli, se precisa que "existem indícios razoáveis que põem de relevo que numerosas clínicas que pertencem à associação ACAI, praticam abortos ilegais. De fato, e como você sabe melhor que ninguém, a baixa taxa de abortos em centros públicos tem uma de suas causas em negar-se a aceitar todos os casos de legalidade duvidosa, mas que são desviados às clínicas privadas".

A missiva explica em seguida que o doutor Santiago Barambio, porta-voz do ACAI "não tem reservas em expor uns exemplos concretos em suas declarações em La Vanguarda (2 de dezembro). Trata-se de detalhes de abortos tardios, que não se ajustam absolutamente aos supostos despenalizados".

A carta do E-Cristians também assinala que os critérios cotados por Barambio "não se ajustam à legislação" e "foram formulados também em âmbitos formais como podem ser congressos, como consta na documentação da qual dispomos".

"Por estas razões e para evitar que se reproduza uma situação como a das clínicas do Dr. Morín, que nos obrigou a apresentar questão também contra as pessoas responsáveis por seu departamento, peço-lhe queira dar as instruções pertinentes para revisar todos os inquéritos das clínicas da ACAI dos últimos anos, e divulgar seus resultados", finaliza a carta.