O Instituto de Política Familiar (IPF) enviou uma carta ao Ministro da Saúde, Bernat Soria, reclamando a elaboração de um Plano Nacional de Apóio à Natalidade, a criação de uma "Mesa de Especialistas" e a publicação imediata dos dados do número abortos na Espanha correspondentes ao ano 2006.

O IPF recordou ao Ministro que o incremento do aborto na Espanha se agravou e agora de cada dez gravidezes duas terminam em aborto.

Segundo Eduardo Hertfelder, Presidente do IPF, os dados das distintas administrações autonômicas confirmam à alta suas estimativas. Acredita-se que no ano 2006 se superaram os 98 500 abortos ao ano, o que supõe que a cada dia na Espanha deixaram de nascer 270 crianças por causa do aborto.

Desde que se legalizou o aborto em 1985 se teriam praticado um milhão cem mil abortos, uma realidade que para o Hertfelder se pode qualificar de autêntica catástrofe social.

"Urge reorientar drasticamente sua política de saúde e sexualidade uma vez constatada sua ineficácia, de maneira que consiga parar e diminuir este importante incremento de abortos. É por isso que lhe pedimos ao Ministro da Saúde a elaboração de um Plano

Nacional de Apóio à Natalidade (PAN) de caráter trienal e com dotação orçamentária suficiente e a criação de uma Mesa de Especialistas nas que agentes sociais, especialistas, instituições familiares e Administração analisem e proponham soluções e alternativas para resolver a problemática da natalidade", adicionou.

O plano contemplaria ao menos a criação de centros de ajuda à mulher grávida; a promoção e ajuda a aquelas ONGs que se dediquem a apoiar às mulheres grávidas; a potencialização do "Programa Rede de Mães" nas distintas comunidades autônomas; a criação de uma prestação direta universal à gravidez de 1 350 euros; e a universalização do pagamento dos 100 euros às mães com filhos menores de 3 anos.