Uma de cada cem adolescentes asturianas abortou o ano passado, segundo os dados oficiais da Assessoria de Saúde e Serviços de Saúde do Principado. A cifra representa a maior taxa de abortos dos últimos 18 anos e confirma que a distribuição da pílula do dia seguinte não resolveu o problema.

Astúrias se converteu na sétima comunidade autônoma espanhola com maior taxa de abortos juvenis. Conforme informou o jornal La Nueva España, de 57 mil mulheres entre 15 e 24 anos, 744 decidiram abortar no ano 2005.

O periódico informou que "o ano passado, no Principado se distribuíram 10.638 ‘pílulas do dia seguinte" mas sua disponibilidade não conseguiu "frear os abortos entre as adolescentes asturianas. Em 2006, a taxa de interrupções voluntárias da gravidez entre este grupo de população nas Astúrias até situar-se a um décimo do pico registrado em 2004, quando se alcançou o recorde de abortos de adolescentes no Principado desde finais da década dos oitenta".

Para Amelia González, diretora geral de Saúde Pública do Principado, as cifras indicam "que algo está falhando na formação de nossas adolescentes no âmbito afetivo-sexual".