O Presidente do Foro Espanhol da Família (FEF), Benigno Blanco, advertiu que os recentes descumprimentos à lei do aborto e que desembocaram no assassinato de crianças em gravidezes avançadas, deve-se a que o suposto de grave perigo para a vida ou saúde da mãe carece de prazo e permite burlar a legislação, por isso exigiu aos partidos políticos lhe estabelecerem um tempo máximo a este suposto.

Este pedido, esclareceu, faz-se "sem prejuízo da necessidade de seguir avançando progressivamente para um sistema legal que se comprometa totalmente com a defesa incondicional da vida humana". Resulta urgente e imprescindível, acrescentou, "ao menos pôr um prazo máximo aos meses de gravidez em que se permite a prática não punível do aborto por razões terapêuticas".

Blanco assinalou que esta carência de prazo permite teoricamente a prática do aborto "em qualquer momento até o final da gravidez, esfumando a fronteira entre aborto e infanticídio. Esta ausência de prazo algum para a prática do aborto é uma anomalia no contexto europeu".