A políticas de prevenção em saúde sexual promovidas pelo Governo e apoiadas na promoção do preservativo fracassaram em sua tentativa de frear o aumento de abortos e de doenças sexualmente transmissíveis (DSTs), denunciou uma especialista.

A diretora do Centro Universitário de Informação Sexual do Instituto de Estudos da Família da Universidade CEU San Pablo, Ondina Vélez Fraga, assinalou que este fracasso se deve a que estas políticas não cumprem os objetivos para as que foram criadas: diminuir os abortos e as DSTs.

Durante o IX Congresso Católicos e Vida Pública, indicou que embora não há dados oficiais que avaliam as campanhas, as cifras do Ministério da Saúde e Consumo, o Boletim Epidemiológico da Comunidade de Madri, o Instituto Nacional de Estatística e o Instituto de Saúde Carlos III, arrojam dados preocupantes sobre gravidezes não desejadas que terminem em aborto e na DST.

Do mesmo modo, a especialista denunciou o não cumprimento de acordos internacionais para combater a AIDS, como a Declaração de Compromisso sobre o HIV/AIDS assinada em 2001 pela Assembléia Geral da ONU, e que estabelecem como parte das campanhas de saúde sexual os programas preventivos que façam que as pessoas evitem aquelas condutas que as ponham em risco de contrair a enfermidade.

Também se referiu ao consenso internacional publicado em 2004 pela revista The Lancet sobre a estratégia ABC para prevenir a AIDS, assinado por mais de 140 cientistas e autoridades, e que propõe como médios para evitar a enfermidade, a abstinência nos jovens para atrasar sua iniciação sexual, a fidelidade no casal e, finalmente, a promoção da camisinha em populações de alto risco.