Membros da Associação Portuguesa de Médicos estão circulando uma petição em Internet para solicitar aos dirigentes de sua instituição a manter seu código ético pró-vida. Esta medida se tomou depois da despenalização do aborto no país e as pressões do governo para modificar o mencionado código que não permite esta tipo de infanticídio.

Conforme informa o site pró-vida LifeSiteNews.com, na carta, os até agora 700 médicos assinantes insistem a "manter com grande rigor e compromisso a luta pela independência ética e a autonomia da profissão médica".

Precisamente, o Código estabelece que "os médicos devem respeitar a vida humana desde seu início" e "a prática do aborto constitui um grave engano ético".

Os médicos portugueses denunciam "o mau uso do conhecimento médico que os distintos poderes e grupos de pressão" estão tentando impor na Associação, e comparam as pressões do governo com movimentos anteriores que procuravam "internamentos forçados em instituições psiquiátricas, esterilizações e eliminação de seres humanos por razões eugênicas ou racistas".

Os médicos também recordam que o juramento hipocrático com mais de 2500 anos de existência, está precisamente para "resistir as modas morais dos tempos, que com freqüência se constituíram em ameaças à dignidade da vida humana".

Do mesmo modo, desejam evitar "sujeitar a mudança do código ético moldado ao gosto dos interesses, conveniências, ideologias ou convicções daqueles que têm o poder ou a influência atualmente".

A petição se dirige ao Bastonario (porta-voz oficial) da Associação Médica, Pedro Nunes, "quem repetidamente denunciou as ameaças do governo e se há mostrem decidido a não capitular ante elas".