BOGOTÁ, 29 de nov de 2007 às 19:51
A Conferência Episcopal da Colômbia (CEC) emitiu hoje um comunicado no que exortou a que o enfrentamento suscitado entre os presidentes Hugo Chávez (Venezuela) e Álvaro Uribe (Colômbia) não afete a busca de paz. Deste modo os prelados expressaram seu "total respaldo e apoio ao Senhor Presidente da República, às instituições e a quem se esforça por fazer de nosso país uma melhor nação".
Depois de manifestar que tem "seguido com interesse e preocupação o desenvolvimento dos acontecimentos relacionados com a facilitação do Presidente Hugo Chávez e a Senadora Piedad Córdoba, em ordem a obter um acordo humanitário que ponha fim ao drama dos seqüestrados", os bispos recordam que "a Igreja Católica da Colômbia esteve e estará sempre do lado da paz porque forma parte do Evangelho pregado por Jesus e "porque é um direito de estrito cumprimento como reza nossa Constituição Política".
Em seguida, o comunicado da CEC ressalta que "o caminho da paz transita pelo caminho da reconciliação: o ódio e a violência a afastam dela; o perdão e a compreensão a fazem possível".
"Por tal motivo, consideramos nosso dever convidar aos colombianos a colocar por cima de opiniões e sentimentos pessoais, o bem do país, a deixar de lado a agressividade verbal, a trabalhar desinteressadamente pela libertação, sãs e salvos, de todos os homens e mulheres que ainda permanecem injustamente privados da liberdade, e pelo afastamento definitivo dessas práticas desumanas", prosseguem os prelados colombianos.
No texto, assinado pelo Presidente da CEC e Arcebispo de Tunja, Dom Luis Augusto Castro Quiroga, os bispos indicam que "no centro de todo acordo, mediação ou proposta que se faça, devem estar as pessoas dos seqüestrados. São colombianos que não podemos esquecer e cuja sorte envolve a todos".
"Por esta razão, a Igreja segue estando disposta a colaborar e oferecer seus bons ofícios a fim de obter os acordos humanitários que ponham término ao flagelo do seqüestro e a iniciar, Deus assim o queira, processos de Paz", acrescentam.
Finalmente, os prelados convidam "a todas as pessoas de fé a elevar uma prece ao Senhor da Paz, pela unidade e a prosperidade de nossos povos".