O presidente do Colégio de Advogados Católicos (CAC), Armando Martínez, disse que a Catedral Metropolitana recém se reabrirá quando o governo se comprometa por escrito a garantir a segurança do templo, que foi vítima do vandalismo de simpatizantes do Partido da Revolução Democrática (PRD), no domingo passado.

Logo depois de uma reunião entre representantes da Arquidiocese, do CAC e de Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal; Martínez indicou que a Catedral será aberta quando existir um acordo "por escrito e assinado tanto pelo governo como pelo próprio Conselho Episcopal da Arquidiocese, integrado pelos oito bispos auxiliares da cidade do México; porque em outras ocasiões, quando denunciamos as agressões contra o Cardeal (Norberto) Rivera, não passou nada, e embora vejamos um gesto de boa vontade do Governo do Distrito Federal, papelzinho fala".

O encontro teve lugar na Catedral e se realizou uma reconstrução dos fatos. Os assistentes se comprometeram a discutir um plano integral de segurança que inclua instalação de um circuito de câmaras de vigilância e reservas, presença de efetivos da polícia bancária e industrial, assim como possíveis evacuações.

Do mesmo modo, Martínez confirmou que nos próximos dias será apresentada ante a Procuradoria Geral da República uma denúncia pela "irrupção violenta" dos membros do PRD; para isso, explicou, espera-se a entrega do vídeo onde se apreciam os fatos pois "permitiria integrar a averiguação prévia e assinalar com nome e sobrenome a quem participou, porque não queremos apresentar uma simples denuncia de atos contra quem resulta responsável para evitar que, como ocorreu em outras ocasiões, não passe nada".

O advogado assinalou que a denúncia se ampara "sobre tudo em relação com a Lei Federal para Prevenir a Discriminação, porque os atos de violência se deram pela perseguição ideológica contra quem estava na Catedral"; além disso, afirmou, foi um ato de "intolerância religiosa, porque a gente entrou aqui pelas idéias do Cardeal".