A Comissão Européia publicou um relatório que adianta que em 2010 os Estados membros da União Européia (UE) iniciarão um rápido processo de envelhecimento que significará não só que a população não  aumente mas também sua redução.

Segundo relata o jornal ABC de Madri, a pesquisa, que analisa as tendências demográficas e sociais para os anos mais imediatos, “em 2010 os 25 Estados membros iniciarão esse rápido processo de envelhecimento que suporá não só que não aumente a população mas também inclusive sua redução”.

O relatório “A situação social na UE” assinala que ‘as pressões financeiras’ são agora ‘mais ameaçadoras do que nunca’, já que haverá menos pessoas em idade de trabalhar e mais pessoas acima de 65 anos aposentados”, assinala o jornal.

Até 2010, Europa poderá gozar de um “período ‘breve e moderado’ de rejuvenescimento graças às hordas de população jovem que incorporaram os dez novos membros da UE”, informa o ABC. “Não obstante, esses países também experimentaram uma drástica redução de suas taxas de fecundidade nos últimos quinze anos (sete deles inclusive se  já estão abaixo da média européia, 1,4 filhos por mulher)”.

Deste modo se indica que a esperança de vida nestes países “segue mantendo-se muito afastada da média comunitária: na Europa Central e Oriental, 67 anos para o homem e 77 para as mulheres frente aos 75 e 81, respectivamente, da antiga UE dos 15. Por isso, os peritos alertam que a ampliação acelerará o processo de envelhecimento, o que produzirá um rápido aumento da taxa de dependência dos idosos.

Por outro lado, “os peritos alertam sobre a existência de uma grande preocupação sanitária pelos riscos que suportam para mães e crianças das gravidezes tardias”, um fenômeno em alta na atual a Europa.

“Na UE dos 15, as mulheres têm seu primeiro filho aos 29 anos e nos novos Estados membros aos 26. Esta prática também provocou um grande aumento dos tratamentos de fertilidade e que muitas gravidezes postergadas não possam fazer-se realidade em um momento posterior”, destaca ABC.

Por último, a Comissão Européia informa que “até agora a UE dos 15 se salvou de ter um crescimento de população negativo graças à imigração, que chegou também dos países da Europa Central e Oriental. Entretanto, estes Estados mudarão sua tendência e, graças a suas melhores condições econômicas e de vida, se tornarão em muito pouco tempo em nações receptoras de imigrantes”.