"Na maçonaria não há nada acima da razão e por isso não é compatível com a fé" assegurou o jornalista e escritor espanhol José Antonio Ullate durante a apresentação de seu livro "O segredo maçônico revelado" publicado pela editora Libros Libres.

A apresentação aconteceu na Universidade CEU San Pablo de Madri e contou com a participação do historiador Ricardo de la Cierva, o editor de tal casa editorial, Álex del Rosal, e o subdiretor geral de Relações Institucionais e Desenvolvimento Corporativo da Fundação Universitária San Pablo-CEU, Raúl Mayoral.

Ullate explicou que a realização deste seu segundo livro –o primeiro, "A verdade do Código Da Vinci", foi um êxito de vendas– responde ao objetivo de proporcionar "uma explicação sintética que nos diga o que é o que leva a uma pessoa a tornar-se maçom".

Segundo o jovem escritor, a mesma definição que a maçonaria dá de si revela sobre ela questões cruciais, pois "no momento em que se propõe um sistema de moralidade autônoma, diz-se que não existe Deus. A maçonaria, no fundo, propõe um só Deus, que é o homem".

O pensamento maçom, assinalou, é "essencialmente naturalista" pois está construído desde "a convicção de que o ser humano não pode abrir-se ao sobrenatural".

Para Ullate, a maçonaria, em que pese a que não é uma religião, "situa-se acima de toda religião", oferece uma cosmo visão em que toda resposta brota da premissa de que "nada está acima da liberdade e da consciência".

"Na maçonaria não há nada acima da razão e por isso não é compatível com a fé", assegurou o jornalista, recordando que o Papa Leão XIII asseverou que "entrar nela é sair da Igreja".

Durante sua intervenção, Ullate advertiu deste modo que o "Grande Arquiteto do Universo" maçônico não se pode equiparar absolutamente com o Deus da religião pois aquele "pode ser uma coisa e a outra, e quando isto é assim é que não significa nada".

Sobre esta figura hasteada por esta sociedade secreta, Ullate assegurou que "empurra para uma visão agnóstica e relativista da religião" pois, "há duas maneiras de ser ateu, dizer que Deus não existe ou chamar deus o que não é Deus. Este último é o que se faz ao criar o conceito de Grande Arquiteto do Universo".

Finalmente, o autor advertiu há algumas idéias que "transpassam os limites das lojas maçônicas" e que já influenciaram na sociedade atual em que impera "se não a maçonaria, sim a ideologia maçônica".