A Chefa da Anistia Internacional (AI) no Reino Unido, Kate Allen, disse que o chamado da Igreja Católica a não contribuir mais com sua instituição dada a política atual de considerar o aborto como um direito humano, "não tem sentido em realidade".

Conforme informa o site pró-vida LifeSiteNews.com, em uma entrevista ao jornal The Guardian, Allen assinalou que está "decepcionada da Igreja Católica por nos considerar (ao AI) um grupo abortista. Isso simplifica as coisas de modo que não tem sentido em realidade".

Allen explica em seguida que a decisão de considerar o aborto das mulheres como um direito humano, adotada em agosto durante a assembléia do AI na Cidade do México, "foi a decisão correta para o movimento (AI)".

O artigo do The Guardian indica que AI no Reino Unido perdeu 222 membros desde que assumiu a política abortista; e acrescenta que são 105 membros novos os que se adicionaram. Entretanto não diz nenhuma palavra sobre a quantidade de membros que deixaram de doar dinheiro à organização ou que não vão renovar sua adesão como membro por causa do apoio oficial da instituição ao aborto.

De acordo ao LifeSiteNews.com "em que pese a que Allen não lhe dá importância à oposição à política abortista, suas expressões de lamento sobre o grande número de escolas católicas que deixaram AI mostra que os efeitos de sua política abortista foram maiores que os que admitem".

Allen diz que mais de 2.000 escolas católicas na Inglaterra e Gales foram alentadas pelos bispos a terminar suas relações com o AI devido a sua política de apoio ao aborto como direito humano e que oito colégios na Irlanda do Norte já fecharam seus grupos do AI.

LifeSiteNews.com recorda além que entre quem tem deixado de pertencer ao AI estão o Arcebispo de St Andrews e Edimburgo, Cardeal Keith O'Brien, e o Bispo de East Anglia, Dom Michael Evans.

Dom Evans, quem fora membro do AI por mais de 30 anos, explicou ao retirar-se que esta organização foi fundada por Peter Benenson, também católico, em 1961.