A Assembléia Constituinte reataria suas sessões após três meses de paralisação em seguida do acordo alcançado entre representantes do Sucre e o Governo de Evo Morales para que se retome o debate sobre a capitalidade do país. Este acordo foi assinado em presença do Arcebispo de Chuquisaca, Dom Jesús Pérez.

Entretanto, o acordo já encontrou rechaço em líderes de La Paz, quem assinalou que não permitirão que o tema da capitalidade seja retomado pelos congressistas e anunciaram protestos. Carlos Romero, do Movimento ao Socialismo, explicou à emissora governamental Pátria Nova, que só se houver dois terços de votos dos 255 representantes se poderá reabrir o debate sobre o assunto.

Em 15 de agosto a Assembléia eliminou do debate o tema da capitalidade para evitar maior briga entre as regiões. Entretanto, isto provocou protestos no Sucre, onde faziam a sessão os constituintes, e impediu de continuar com a elaboração da nova Carta Magna.

La Paz é sede dos poderes Executivo e Legislativo desde 1899, logo depois de uma guerra civil; e Sucre do poder Legislativo. Esta última cidade, que é a capital histórica, exige o retorno dos dois poderes.

A Assembléia Constituinte, instalada em 6 de agosto de 2006 com um prazo de um ano para redigir a nova Constituição, não pôde ainda aprovar um só artigo devido às fortes discrepâncias regionais. O Congresso lhe deu uma prorrogação que vence este 14 de dezembro.