"Ante as numerosas demandas de informação recebidas sobre as ‘Chaves para oferecer a Educação para a Cidadania em um centro católico. Orientações para o professorado’, elaboradas e publicadas pelo FERE-CECA", a Comissão Episcopal de Ensino e Catequese da Conferência Episcopal Espanhola (CEE) precisou que "não referendou nem aprovado este material de desenvolvimento da disciplina ‘Educação para a Cidadania’" (EpC).

Assim o expressaram os prelados em uma nota emitida na qual indicam que não aprovaram nem referendado este texto dos religiosos espanhóis que tenta "adequar" ao ideário católico a polêmica disciplina do EpC, que promove entre outras coisas, a homossexualidade, a promiscuidade e o ateísmo. No breve comunicado, os prelados explicam que se atêm "aos critérios estabelecidos nas Declarações da Comissão Permanente do Episcopado de 28 de fevereiro e de 20 de Junho de 2007".

Segundo Libertad Digital, isto quer dizer que "a Igreja segue opondo-se à disciplina de doutrinação (EpC) por uma questão de princípios e de compromisso com a liberdade que é incompatível com experimentos de adaptação ou concertos como o da FERE" (Federação de Religiosos de Ensino, da Espanha).

Por sua parte, María Rosa de la Cierva, conselheira do Conselho Escolar do Estado, qualificou este texto da FERE como "deficiente", além disso que "semeia a confusão" e "não conta" com o visto bom da CEE.

Cierva expressou que os governos nacionalistas e socialistas nas regiões não vão aceitar que "alguns temas, como a formação em educação sexual, sejam ministrados aos alunos de acordo ao pensamento da Igreja Católica. vão chocar".

De outro lado, o catalão Joseph Miró i Ardevol, da associação E-Cristians e a Convenção Cristãos pela Europa, disse que o documento da FERE é "um projeto construído sobre uma base muito débil" que se apóia em "uma palavra dada" pelo Ministério de Educação e "não em um fundamento jurídico".

"É um compromisso verbal do ministério de que os colégios consertados poderão adequar a seu ideário o programa da disciplina mas isto não figura em nenhum dos reais decretos do Governo central nem das administrações autonômicas", alertou.