Ante de milhares de paroquianos reunidos na Praça de São Pedro para a reza do Ângelus Dominical, o Papa Bento XVI rechaçou os "recorrentes messianismos" que uma e outra vez anunciam como iminente o fim do mundo e explicou que "a história segue seu curso, e comporta também dramas humanos e calamidades naturais".

Ao refletir sobre a leitura do evangelho deste Domingo, o Santo Padre recordou que, desde seu início, a Igreja "vive na atenção lhe orem de seu Senhor, escrutinando os sinais dos tempos e mantendo em guarda aos fiéis dos recorrentes messianismos, que de quando em quando anunciam como iminente o fim do mundo".

"Em realidade, –precisou o Pontífice– a história tem que seguir seu curso, que comporta também dramas humanos e calamidades naturais. Nela se desenvolve um desenho de salvação a qual Cristo já deu cumprimento em sua encarnação, morte e ressurreição. Este mistério a Igreja continua anunciando-o e atuando-o com a predicação, com a celebração dos sacramentos e o testemunho da caridade".

Ante estes episódios, "não temamos o futuro", disse o Papa, quem insistiu aos paroquianos a acolher "o convite de Cristo de enfrentar os eventos cotidianos confiando-se em seu amor".

Antídoto contra o niilismo: fé e caridade

Finalmente, Bento XVI ressaltou o exemplo de caridade das pessoas consagradas, especialmente aos que "se retiraram em contemplação nos monastérios de clausura" e a quem a Igreja dedica uma Jornada especial o próximo 21 de novembro.

Os monastérios, assinalou, são  "oásis espirituais" que indicam que Deus e seu amor inescrutável são a última razão pela qual vale a pena viver.

"A fé que opera na caridade é o verdadeiro antídoto contra a mentalidade niilista, que em nossa época vai sempre estendendo mais seu influxo no mundo", ressaltou.