O Instituto de Estatística da Comunidade de Madri publicou em seu Boletim Epidemiológico um relatório sobre o número de abortos em 2006 onde assinala que foram notificados mais de 22 mil dos centros sanitários públicos e privados. Assim um de cada cinco gravidezes terminaram em aborto provocado.

O relatório titulado Interrupções Voluntárias da Gravidez (IVE, sua sigla em espanhol) indica que do total de abortos "84,2% se realizaram a mulheres residentes em nossa Comunidade" com o qual "continua, a tendência ascendente observada sobre tudo a partir de 1998".

Além disso o documento revela que "a idade média foi de 27 anos" e que 65,2% das mulheres estrangeiras e 39% de espanholas, tinham filhos no momento da IVE e para o 66% era a primeira vez que abortavam", enquanto que "das mulheres repetidoras, 9,8% tinha realizado outra IVE no mesmo ano".

Por sua parte a psicóloga perita em pós-aborto da Associação Vítimas do Aborto (AVA), Paloma de Cendra, afirmou que "é especialmente grave que já sejam reincidentes no trauma uma de cada três mulheres que aborta na Comunidade de Madri. O aborto provocado tem numerosas seqüelas físicas e psicológicas".

Cendra, manifestou que do total de abortos provocados 19.138 (15,8%) praticaram a mulheres que vivem na Comunidade de Madri (CM), com o que a percentagem se incrementou em 10 por cento com respeito aos 2005. Além disso 39 por cento provinha de comunidades limítrofes e 9 por cento foram portuguesas.

Segundo a especialista, "21 por cento das gravidezes totais acabaram em aborto" com o qual Madri se consolida como o lugar de menores precauções e trâmites legais para o aborto provocado na Espanha. Além disso –continua Cendra– das mulheres que vão a CM a abortar um "12 por cento o fazem na angústia de enfermidade ou má formação de seus filhos por não receber ajudas ou alternativas eficazes".

Ante esta situação, AVA reclama ao Governo da Comunidade de Madri que ofereça alternativas dignas e eficazes ao aborto, e a informação completa sobre os efeitos secundários antes de realizá-la, pois são obrigatórias segundo a lei.