Depois do início da distribuição gratuita na Catalunha da “pílula do dia seguinte”, a associação Vítimas do Aborto (AVA) denunciou que a Generalitat oculta às mulheres que o fármaco é abortivo “até em 75 por cento das vezes e que não reduz o número de gravidezes não desejadas em outros países” onde já se ministra gratuitamente.

A conselheira de Saúde do governo catalão, Marina Geli, anunciou anteriormente a decisão da Generalitat de distribuir gratuitamente a pílula na Catalunha “como anticoncepcional” desde 4 de outubro.

A presidenta da AVA, Carmina García-Valdés, declarou que “as mulheres catalãs têm o direito a saber que o consumo da pílula provoca abortos em 75 por cento das ocasiões em que a consumidora esteja certamente grávida”.

“A própria Federação de Planejamento Familiar Espanhol em sua página Web assinala que a pílula do dia seguinte impede a implantação do óvulo já fecundado no útero materno, quer dizer, impede o desenvolvimento de um ser humano em idade embrionária, provocando sua morte”, recordou García-Valdés.

Igualmente, a AVA exigiu que antes de sua administração a mulher “exerça seu direito a outras alternativas ao aborto” e “o direito ao consentimento informado completo e detalhado de todos os efeitos secundários de dita interrupção voluntária da gravidez precoce”.

AVA explicou que o outro engano da Generalitat radica na eficácia populacional da pílula: “esta não reduz o número de gravidezes não desejadas a nível populacional e assim  demonstrou o estudo da Universidade de Edimburgo e de Oxford publicado pela Anna Glasier e colaboradores”.

Por último, a associação propôs que as campanhas de redução de gravidezes não desejadas “se apóiem na prevenção eficaz e não no aborto precoce, com campanhas de responsabilidade sexual dirigidas aos jovens, tal e como se realiza em numerosos lugares dos Estados Unidos (Michigan, Missouri, Wisconsin, entre outros) e em Uganda com grande êxito”.