O vice-secretário de Assuntos Econômicos da Conferência Episcopal Espanhola (CEE), Fernando Giménez Barriocanal, comentou a recente campanha publicitária da Igreja neste país para promover seu sustento e explicou que se "nenhum contribuinte marcasse a casinha da atribuição à Igreja", esta "receberia zero".

"Houve uma mudança no modelo de colaboração que disposta o Estado à Igreja através do sistema de atribuição tributária. Desde em um de janeiro a Igreja recebe através do Estado o que os contribuintes decidem marcar. Quer dizer, se nenhum contribuinte marcasse o quadradinho da Igreja, a Igreja receberia nada para seu sustento", explicou Barriocanal

Embora "nos últimos cinco anos, um de cada três contribuintes marque a atribuição da Igreja Católica", o vice-secretário afirmou que "esperamos subir esta percentagem".

"Muitas vezes se projeta uma imagem distorcida da Igreja", e a realidade é que "existem mais de 40.000 entidades religiosas na Espanha" cobrindo um amplo campo social, assinalou Barriocanal quem considera que este é um bom momento para "explicar o que é" e o que faz a Igreja na Espanha.

"Na Espanha –prosseguiu– há 69 diocese, 22.700 paróquias, 850 monastérios de clausura e entre 13.000 e 14.000 entidades religiosas", assim como "20.000 sacerdotes desempenhando seu trabalho ministerial, 18.000 missionários, 12.000 monjas de clausura, 60.000 religiosos, mais de 70.000 catequistas. Estamos falando de cifras muito importantes", asseverou.

"A Igreja não é uma ONG" mas sim "trabalha para anunciar o evangelho, a boa notícia do Jesus Cristo para que essa pessoa que recebeu essa fé possa vivê-la na Igreja, e quando estas pessoas descobrem no outro o rosto de Cristo e a partir daí aparece toda a imensa atividade social que realiza a Igreja", concluiu.