"Os cristãos estão chamados a ser sinais de contradição em uma sociedade que nega ou rechaça a Deus", destacou o Núncio Apostólico na Espanha, Dom Manuel Monteiro de Castro, no ato inaugural do 9º Congresso Católicos e Vida Pública.

No evento que se realiza nesta cidade e que tem por tema este ano "Deus na Vida Pública. A proposta cristã", o Arcebispo indicou que "o século que despedimos esteve caracterizado pela negação de Deus e sua ausência institucionalizada", enquanto que o século XXI, assinalou em seguida, está assinado por um "premente relativismo".

Neste contexto, explicou, cada cristão "está chamado não só a dar testemunho de vida, mas também a anunciar a Cristo aos não crentes para fazer saborear, gostar da beleza da fé; e aos crentes para lhes animar, para lhes estimular na missão que Deus lhes confia".

"Os cristãos estão chamados a ser sinais de contradição em uma sociedade que nega ou rechaça a Deus", destacou o Prelado ante um concorrido auditório reunido nas instalações da Universidade San Pablo CEU de Madri.

Por sua parte, e aprofundando no tema do congresso, o Presidente da Associação Católica de Propagandistas (ACdP) e da Fundação Universitária San Pablo-CEU, organizadores do evento, Alfredo Dagnino, assinalou que "se a presença de Deus se debilita, tudo tende a decidir-se pelo gosto próprio", precisando que "detrás da máscara da aparente liberdade, o homem fica em necessitado".

Se o homem pode decidir sem Deus o que é bom, mau, justo e injusto, "podem-se cometer grandes aberrações", alertou.

Segundo Dagnino, nestes tempos "tudo está permitido, exceto proclamar a Deus" e, por isso mesmo, "ao homem de nosso tempo é preciso lhe oferecer aquilo que lhe é essencial: a alegria do encontro com Cristo".