BOGOTÁ, 13 de nov de 2007 às 05:15
O Secretário Geral da Conferência Episcopal Colombiana (CEC), Dom Fabián Marulanda, expressou seu desejo de que a gestão iniciada pelo Presidente da Venezuela, Hugo Chávez, para que as FARC libertem aos seqüestrados tenha seus frutos, porque apesar de seu afã de protagonismo, o que interessa é o bem dos colombianos e não "quem se leve os méritos".
"Conhecemos as condições do Presidente Chávez, seu afã de protagonismo e se isto resultar bem, para nós seria muito bom. Não nos interessa quem seja o que levará os méritos do acordo humanitário. Tomara que o Presidente Chávez e a (facilitadora) doutora Piedade (Córdoba) consigam algo das FARC e o país receberia com enorme beneplácito o que eles façam pelo acordo humanitário", declarou a Radio Caracol.
O Prelado disse que dados os antecedentes da guerrilha, existe dentro da população cepticismo porque tenha resultados positivos. "As FARC nos deram muitíssimas, mas muitíssimas manifestações de não querer avançar, de não querer acessar a libertação dos seqüestrados", afirmou; entretanto, disse que sempre terá que abrigar a esperança.
"Conhecendo a maneira de atuar das FARC, não há mais remédio que tratar de negociar com eles e de procurar por todas as formas de libertar aos seqüestrados. Mas vimos tantas coisas que um procura alimentar a esperança, mas sabendo de que não se trata de um tema fácil porque os colombianos já nos tornamos duros, pessimistas nestas coisas ao ver tantos fracassos, como vimos, ao longo dos anos", assinalou.
Hugo Chávez aceitou mediar em uma aproximação com as FARC a pedido do Presidente da Colômbia, Álvaro Uribe.