A Fundação Vida aplaudiu a aprovação no Senado de um projeto de lei que concede uma prestação econômica por maternidade, mas recordou que urge combater a cultura antinatalista e defender aos nascituros.

O Senado aprovou uma prestação de 2.500 euros por filho para todas as famílias que tenham tido ou adotem uma criança desde 1º de julho deste ano.

"Premiar a natalidade, como faz agora o Governo, sem combater a cultura antinatalista, é todo um contra-senso. Por um lado de repente vimos uma competência política por ver quem oferece mais prestações por maternidade, mas ao mesmo tempo nunca se menosprezou tanto o ser mãe. As escassas cuidados à maternidade dos políticos e da sociedade são uma postura cosmética, superficial, própria de quem não valoriza o que é próprio da mulher, que é ser mãe", advertiu o diretor da Fundação Vida, Manuel Cruz.

Do mesmo modo, indicou que "agora que tanto se fala da mulher, deve se promover e protegê-la maternidade. Mas isso supõe a proteção e defesa de todo ser humano concebido, sem exclusões. Senão, a sociedade espanhola admitiria uma convivência desumana, aonde selecionamos umas vidas, desprezando outras. Isso seria uma amostra de um egoísmo inaceitável".

Até o momento 118.624 famílias já solicitaram ao Governo a ajuda por filho ou adoção

"Esta decisão deve ser um prêmio para aquelas crianças que conseguiram sobreviver à difícil gincana que supõe hoje a gestação na Espanha", assinalou Cruz e recordou que "de cada três crianças concebidas na Espanha, não chegam a dois os que vêem a luz. Só nascer já merece um bom prêmio. Especialmente é nos primeiros 14 dias do embrião quando mais ataques mortais recebe".