Há duas semanas, os parlamentares abortistas fracassaram em sua tentativa por despenalizar o aborto no país. Entretanto, devido a uma manobra política, o Senado aprovou esta tarde o polêmico projeto de saúde sexual e reprodutiva que na prática liberaliza o procedimento no Uruguai.

O Senado aprovou o projeto por 18 votos a 13 depois de duas horas de debate.

Em 17 de outubro, o Senado rechaçou o projeto quando reuniu 15 votos a favor e 15 contra.

Esta tarde aos 15 votos pró aborto do oficialismo se somaram os do ex-presidente Julio Sanguinetti do Partido Colorado, e o do senador Julio Lara, do Partido Nacional, ausentes na sessão anterior.

Do mesmo modo, o senador Alberto Cid da Frente Amplio, que inicialmente tinha rechaçado o projeto, mudou seu voto no final.

O projeto contempla o aborto legal durante as primeiras 12 semanas de gestação. Antes de ser promulgado deve contar com o anunciado visto bom da Câmara de Deputados.

O Presidente Tabaré Vásquez, de profissão oncologista e firme opositor ao aborto, reiterou que vetaria qualquer norma que despenalize esta prática.