Os Bispo de Tarragona (Espanha) questionaram os folhetos "informativos" recentemente publicados pela Generalitat da Catalunya, que alentam as relações sexuais ao promover o uso de preservativos entre estudantes a partir dos seis anos de idade, e os consideraram "inaceitáveis" porque "ultrapassa as competências próprias do poder político".

Em uma nota de imprensa, os Prelados reconhecem "a oportunidade que os responsáveis pelo Governo da Catalunya têm, dentro de suas competências legais, de contribuir à luta preventiva contra a doença da AIDS", mas questionam "o que se apresenta nestes materiais didáticos como uma espécie de higiene ou medicina preventiva, tanto em sua mesma formulação (‘hábitos e condutas saudáveis’), como em seu conteúdo".

Em sua opinião, o que estes folhetos transmitem "vai mais à frente do âmbito estritamente científico-terapêutico, e se introduz no terreno dos valores fundamentais e de sua transmissão", o qual "pertence essencialmente à ética e à educação moral e, em conseqüência, seu primeiros responsáveis são os pais: eles são os primeiros que têm o dever e o direito de definir os valores, organizá-los e transmiti-los aos filhos".

"Neste sentido, consideramos inaceitáveis estes materiais, assim que ultrapassam as competências próprias do poder político" o qual "não pode impor nem favorecer uma determinada ideologia, mas sim deve limitar-se a garantir a preservação da saúde dos cidadãos e o pluralismo legítimo de idéias e opções educativas", afirmam os Bispos.

Apenas "se os responsáveis pela campanha se tornam atrás nesta intromissão", beneficiassem-se todos; tanto o poder político que "demonstrará com atos que aceita e promove a legítima diversidade social além de se a compartilhar ou não" e os pais, crentes e não crentes, "porque todos têm o mesmo direito a exercer sua responsabilidade como educadores de seus filhos"; e "certamente, e em primeiro lugar (beneficiar-se-ão), as crianças", destacam.