A poucos dias de que o governador do Rio de Janeiro pedisse legalizar o aborto para diminuir o número de pobres, o Governo federal anunciou outra medida que procuraria o mesmo fim: Brasil produzirá pílulas anticoncepcionais genéricas, quer dizer muito mais trocas que as de marca comercial.

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária informou que dois laboratórios produzirão quatro tipos de anticoncepcionais cujos custos serão 35% menores aos oferecidos atualmente no mercado. A caixa de 21 comprimidos se venderá a 8 dólares.

A medida forma parte da política de planejamento familiar lançado em maio pelo Presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O propósito desta política, conforme reconheceu Lula, é que as "pessoas mais pobres" tenham acesso a fármacos para "planejar" a família, incluindo a potencialmente abortiva pílula do dia seguinte.