A controvertida Lei de Memória Histórica que aprovou o Congresso espanhol esta semana, obrigará a retirada de todos os monumentos, símbolos ou nomes de lugares públicos estabelecidos depois da Guerra Civil espanhola, com exceção dos símbolos artísticos e religiosos da Igreja.

O projeto original, da lei, que não conseguiu a maioria de votos, contemplava a penalização das instituições privadas, incluindo a Igreja, que não retirar símbolos considerados "franquistas", incluindo cruzes e memoriais eretos em honra dos mártires depois da conclusão da Guerra Civil.

Entretanto, graças a uma modificação acordada a última hora para obter os votos do partido catalão "Convergência e União", a lei permitirá à Igreja invocar razões "artístico-religiosas" para não ter que retirar de seus edifícios símbolos comemorativos da Guerra Civil.

A lei assinala explicitamente que a retirada de memoriais posteriores ao conflito "não será de aplicação quando as menções sejam de estrita lembrança privada, sem exaltação dos enfrentados, ou quando concorrerem razões artísticas, arquitetônicas, ou artístico-religiosas protegidas pela lei".