A Organização Mundial da Saúde (OMS), o Fundo da ONU para a infância (UNICEF) e o Fundo de População da ONU (UNFPA) manipulam as estatísticas de mortalidade materna e afirmam, sem sustento, que ao ano morrem entre 500 e 600 mil mulheres no mundo. Para estas instituições notoriamente anti-vida, a "solução" a este problema é o aborto legal.

Conforme explicou o ex-chefe do Escritório de Estatísticas da ONU, Dr. Joseph Chamie ao Catholic Family and Human Rights Institute (C-FAM), estas cifras não têm base, já que, para começar, a grande maioria de países não informam com precisão a quantidade de mortes ocorridas anualmente, nem o sexo dos falecidos, ou a idade dos mesmos; além disso que apenas uns poucos divulgam as causas destas.

Um recente comunicado da OMS admite que dois terços das mortes não apareça nas estatísticas nacionais da maioria dos países em desenvolvimento. Além disso, apenas 31 países de 193 (16%) entrega informação confiável sobre as causas destas mortes.

Do mesmo modo, a ONU emitiu o relatório "O Mundo das Mulheres 2005: progresso na estatística" no que se dizia que "mais de um terço de 204 países ou as áreas estudadas não reportaram causas, sexo ou idades das mortes; nem sequer uma só vez".

Este relatório também indicava que "inclusive quando as mortes estão devidamente registradas, as mortes maternas podem omitir-se ou não identificar-se corretamente com o que se compromete a confiabilidade de tais estatísticas", assegurando além do avanço nas estatísticas foi muito limitado desde 1975.

De outro lado, o relatório "Mortalidade Materna 2005", emitido pela OMS, a UNICEF, o UNFPA e o Banco Mundial; reitera que "o progresso para as Metas do Milênio foi desafiante, devido à falta de dados confiáveis sobre mortalidade materna; especialmente em países em desenvolvimento".

O mesmo relatório, explica C-FAM, afirma que 99% das 563.000 mortes estimadas ocorrem em países em vias de desenvolvimento. Dado que estas agências, indica a instituição pró-vida, admitem que estes dados são quase impossíveis de obter, alguns se perguntam como obtêm esses dados em lugares onde não se informa deles.

Depois da recente cúpula em Londres intitulada 'As Mulheres Dão Vida', que terminou sendo uma plataforma para promover a legalização do aborto em todo mundo, uma ativista pró-vida que participou desta entrevista comentou que "com toda esta evidência que mostra que é impossível saber o número de mortes maternas depois da prática de um aborto; resulta atroz que a OMS, o UNFPA, a UNICEF e outros gerem políticas -especialmente a promoção do ‘direito’ ao aborto- a partir de zero dados".