O líder sindical católico, ex-presidente da Polônia e prêmio Nobel da Paz, Lech Walesa, enviou uma mensagem pessoal de apóio às Damas de Blanco, as mulheres familiares de presos políticos cubanos que a cada semana peregrinam à igreja da Santa Rita para orar pela libertação de seus entes queridos.

As palavras de alento de Walesa foram entregues às Damas de Blanco por seu assistente pessoal, Piotr Gulczynski, que se encontra na Ilha.

Gulczynski participou, no domingo passado, na Missa da igreja Santa Rita, em Havana, onde as Damas de Blanco assistem semanalmente, e ao final da Eucaristia transmitiu "a total solidariedade e apoio" do líder católico polonês de 64 anos, que chegou à presidência de seu país depois da queda do comunismo.

Segundo Miriam Leiva, porta-voz do grupo, 59 dos 75 opositores condenados a altas penas em 2003 "permanecem dificílimas condições da prisão, com grande deterioração de sua saúde e sem receber tratamento médico adequado".

"Nós, as Damas de Blanco, nos esforçamos por obter a liberdade imediata e incondicional de todos os presos políticos na Ilha", 250 atualmente, assinalou Leiva.

Dos membros do "grupo dos 75", relacionados familiarmente com as Damas de Blanco, 16 foram soltos por motivos de saúde. Destes últimos, quatro partiram para o exílio e um morreu em Havana devido a seus padecimentos.