Líderes da partida Los Verdes decidiram tomar distância das declarações de seu secretário de organização parlamentar, Volker Beck, quem chamou "pregador do ódio" ao Arcebispo de Colônia, Cardeal Joachim Meisner, por ter afirmado que a convivência entre homossexuais não é um modelo alternativo.

"Chamado os modelos humanos alternativos de convivência sexual não são verdadeiros e por isso em seu núcleo são corruptos. A humanidade não faz a não ser autodestruir com isso", advertiu o Cardeal durante uma visita a Suíça.

Em resposta, Beck declarou ao semanário Der Spiegel que "o Cardeal Meisner atua de novo como justiceiro pregador do ódio, que nega o direito à existência a grupos completos de seres humanos".

Ante isso, a chefa do grupo parlamentar em Bundestag, Renate Künast, e a vice-presidenta da câmara baixa alemã, Katrin Goring-Eckardt, expressaram ao jornal Der Tagespiegel que as afirmações de Beck foram "inapropriadas e desproporcionadas", por isso decidiram marcar sua distância. Entretanto, embora discrepem da forma, indicaram que estão de acordo com o fundo das declarações porque o que manifestou o Cardeal "deve ser criticado".

Por sua parte, uma fontes do Arcebispado de Colônia anunciou que se estuda a possibilidade de cercar ações legais contra o líder de Los Verdes Beck, tal como ocorreu meses atrás, quando um tribunal proibiu a um humorista político utilizar o mesmo qualificativo contra o Cardeal Meisner.