O Bispo de Orihuela-Alicante, Dom Rafael Palmero, assegurou que a polêmica disciplina de Educação para a Cidadania (EpC) na Comunidade Valenciana é "claramente inaceitável" e é "imprópria de um governo democrático".

Assim o assinalou ontem o Prelado durante a inauguração da primeira das jornadas sobre educação que realiza o Bispado e que contou com a participação de mais de meio milhar de pais e professores.

"Não vamos contra ninguém, mas nos preocupa um tema tão polêmico e delicado, de fundo alcance educativo", assinalou o Bispo ao referir-se à imposição do EpC na Espanha.

Coincidindo com o expresso pelos expositores convidados à jornada como o Presidente do Foro da Família (FEF), Benigno Blanco, e o dos Profissionais pela Ética (PPE), Jaime Urcelay, Dom Palmero reclamou um "clima de liberdade no ensino" e afirmou que a nova disciplina é "inaceitável na forma e no fundo".

Na forma, explicou o Prelado, porque "impõe legalmente uma antropologia que só alguns compartilham", e no fundo por "seus conteúdos prejudiciais para o desenvolvimento integral da pessoa, já que impõe normas de comportamento e avalia uma determinada formação da consciência".

Dom Palmero acrescentou que a consciência "forma parte do âmbito interior do ser humano" e, por isso mesmo, "deve ser iluminada por uma lei mais elevada" e nunca contra o critério dos pais "em seu direito à educação que recebem seus filhos".