Cristina Fernández de Kirchner, quem segundo as últimas pesquisa ganharia a Presidência da Argentina nos comícios do domingo, disse estar contra o aborto mas não se comprometeu em evitar sua legalização no país.

A candidata oficialista e atual primeira dama, declarou a Rádio 10 que sempre se definiu contra o aborto" mas assegura ter "muito respeito pela opinião dos outros".

"Não acredito que os que advogam pela despenalização do aborto estejam pelo aborto, seria uma redução", assinalou com ambigüidade.

"Incomoda-me muito a estigmatização do outro pelo argumento, que alguém pense que está a favor do aborto e então como eu não estou de acordo com isso a estigmatizo e então estou contra", argüiu a atual senadora.

Uniões homossexuais sim

Nesta entrevista, a candidata se pronunciou a favor de "a liberdade na eleição sexual na Argentina e no mundo" e considerou que durante seu governo o Congresso poderia habilitar as uniões entre pessoas do mesmo sexo.

"Será um tema que debaterá o Parlamento. Não é uma questão que deva debater-se no âmbito do Poder Executivo", indicou.