Cerca de 14 organizações de defesa da mulher e da família protestaram oficialmente ante os organizadores da conferência internacional "Women Deliver" ("As Mulheres Dão Vida", por ter convertido a reunião –que devia procurar a redução da mortalidade materna– em uma plataforma de propaganda abortista.

Os assinantes manifestam sua "profunda decepção e mal-estar pelo fracasso" do evento pois foram "convidados a assistir a um Congresso Internacional para analisar as causas, prevenção e tratamento das complicações durante a gravidez e o parto que causaram a morte de tantas mulheres, particularmente em países em vias de desenvolvimento, e a procurar soluções eficazes a este grave problema".

"Infelizmente, a agenda neste Congresso esteve tão enviesada ideologicamente para a promoção do aborto, que as verdadeiras necessidades de atenção à saúde materna e infantil foram ignoradas nas sessões plenárias e estiveram escassamente presentes nos painéis de discussão", denunciaram.

As organizações denunciaram a apresentação, "como um fato indiscutível, de dados sem fundamento sobre o aborto ilegal" que "apenas pode ser interpretada como uma tentativa deliberado de manipular aos participantes do Congresso e à comunidade internacional".

"As afirmações escutadas no Congresso respeito as quais as melhoras na taxa de mortalidade materna dependem da promoção do aborto legal não só são falsas, mas além disso desviam a atenção da necessidade urgente do acesso a uma atenção sanitária básica, atenção especializada nos partos e emergências obstétricas", adicionaram.

Do mesmo modo, rechaçaram que "membros do Comitê Organizador, incluindo a Federação Internacional de Planejamento Familiar (IPPF) e Marie Stopes Internacional, que têm interesses econômicos na provisão do aborto, tenham utilizado neste Congresso para promover sua própria agenda e estender o aborto nos países em vias de desenvolvimento".

Denunciaram que "o Comitê Organizador tentou gerar um falso consenso em torno de idéias preconcebidas para assegurar que somente aqueles pontos de vista que reforçam sortes idéias estivessem representados no congresso".

Também lamentaram que o Congresso tivesse "deixado de lado os principais tema relacionados com a mortalidade materna (condições básicas de saúde, acesso às vacinas, água potável, salubridade, nutrição básica, atenção primária médica no período pós e peri natal, fístula, mutilação genital feminina, hemorragias, preclampsia…) Este abandono é um sério ato de negligência que conduz não só a continuar mas sim a aumentar os riscos associados à saúde materna".

Entre os assinantes figuram o Instituto de Política Familiar (IPF); Concerned Women of America, Matercare International, World Federation of Catholic Medical Associations (FIAMC), United Families International, Society for the Protection of the Unborn Children (SPUC), Federação Espanhola de Associações Pró-vida, Catholic Family and Human Rights Institute (C-FAM), Instituto Mulher e Vida, Comitê Nacional Pró-vida do México, entre outros.