Um dos grupos de trabalho que elaboram propostas para a discussão do programa do PSOE de cara às próximas eleições gerais na Espanha avalia a inclusão da revisão do acordo Igreja-Estado, de 1979, e a reforma da Lei de Liberdade Religiosa de 1980, advertiu a imprensa espanhola.

Segundo a edição desta segunda-feira do jornal El Mundo, a equipe sobre Direitos e Liberdades liderados pelo ex-ministro socialista, Juan Fernando López Aguilar, atrapalha a possibilidade de incluir no Programa Eleitoral do PSOE o oferecimento de revisar o primeiro e, também, reformar a segunda para "dar maiores garantias às novas religiões que começam a implantar-se na Espanha".

"A estes trabalhos se está incorporando o grupo de cristãos do PSOE, que estão tendo uma participação muito ativa nas propostas", informa o jornal.

Por sua parte, o jornal 'La Razón' assinala que para o grupo socialista o ritual litúrgico nos funerais de Estado para as vítimas do terrorismo é "inconcebível no século XXI" e "propõe por outro lado eliminar a assistência religiosa nas Forças Armadas, aos capelães com patente de general ou as missas de campanha".

"O grupo que elabora o programa eleitoral expõe que a Igreja não participe de atos protocolares do Estado", assegura o jornal.