O Instituto de Política Familiar (IPF) denunciou que o Congresso Internacional "As Mulheres dão vida" que se celebra em Londres, com financiamento do Ministério espanhol de Assuntos Exteriores, converteu-se em uma plataforma mais de propaganda abortista.

Da capital inglesa, o IPF afirmou que o Congresso é utilizado pelos organizadores para promover o aborto em lugar de ajudar à mulher a ter os filhos que deseja.

O evento é coordenado por grupos anti-vida como a Federação Internacional de Planejamento Familiar (IPPF), proprietária de 800 clínicas abortistas nos Estados Unidos ou Family Care Internacional (FCI), entidade dedicada a promover o aborto como um direito reprodutivo

Lola Velarde, Presidente da Rede Européia do Instituto de Política Familiar, que assiste ao evento em Londres, indicou que se trata de "um congresso sectário, decepcionante e fracassado. As mulheres de todo o mundo nos sentimos traídas por um congresso que nos dá as costas. Os discursos seguem ancorados nas mesmas estratégias fracassadas dos últimos 20 anos".

Segundo Velarde, o discursos seguem centrando os esforços "no controle da população mediante a expansão do aborto e o planejamento familiar nos países em vias de desenvolvimento, em lugar de abordar o eliminar os obstáculos para que as mulheres possam ter os filhos que desejam, e por outro lado, segue-se promovendo o aborto legal como causa da mortalidade materna em vez de analisar as verdadeiras causas que a provocam tais como a falta de atenção sanitária básica ou um pouco tão singelo como o acesso a água potável

Das 98 sessões previstas para os três dias do Congresso, 35 tratam do suposto direito ao aborto, seis sessões abordam a melhora da atenção no parto, três versam sobre a assistência médica em neonatología e uma ao acesso a serviços de urgências obstétricas.

Segundo o IPF, aspectos como a melhora dos serviços de vacinação, a melhora dos serviços básicos de atenção sanitária infantil, a desnutrição, o acesso a água potável, ou o aumento dos riscos para a mulher induzidos pelo aborto provocado, foram totalmente ignorados pelos organizadores do evento. 

Velarde recordou que "estão dando casos dramáticos como o do Vietnam onde, segundo o Banco Mundial (2002), 75% das mulheres em idade fértil tem acesso ao aborto e o planejamento familiar, enquanto que 44% carece de acesso a água potável, ou o da China, onde 83% tem acesso ao planejamento familiar, enquanto que 25% continua sem água potável".