Na carta enviada ao Arcebispo Angelo Bagnasco, Presidente da Conferência Episcopal Italiana, por ocasião da 45º Semana Social dos Católicos Italianos, o Papa Bento XVI assinalou que à Igreja compete participar da realidade política.

Na parte final da carta, o Pontífice  assinala que existe "um âmbito que estimula aos católicos a interrogar-se: as relações entre religião e política", e recorda que "a novidade substancial contribuída por Jesus é que abriu o caminho para um mundo mais humano e livre, no pleno respeito da distinção e a autonomia que há entre o que é de Cesar e o que é de Deus".

"A Igreja, portanto, se por uma parte reconhece que não é um sujeito político  por outra não pode eximir-se de interessar-se pelo bem de toda a comunidade civil, em que vive e atua, e de lhe oferecer sua contribuição particular, formando nas classes políticas e empresariais um espírito de verdade e honradez, que busca o bem comum e não o benefício pessoal".