"Apocalipse: a última revelação", é o título de uma mostra inaugurada esta quinta-feira no Salão Sistina dos Museus Vaticanos.

A exposição, que permanecerá aberta até o dia 7 de dezembro, é uma iniciativa do Comitê de São Floriano da Arquidiocese de Udine (Itália) e tem como objetivo "convidar a reler o último livro do Novo Testamento através de uma seleção de obras mestras, entre as que destacam uma série de preciosos ícones antigos".

A mostra está composta por uma centena de obras que inclui códices, pinturas sobre madeira, tecidos, esculturas, objetos de ourivesaria, gravuras e desenhos; realizadas entre os séculos IV e XX e procedentes de importantes museus da Europa e Estados Unidos, assim como da Basílica de São Marcos de Veneza.

Entre os autores se encontram o Beato de Liébana, Pedro Berruguete, Jacopo Bassano, Guido Reni, Alonso Cano, Albrecht Dürer, El Grego, Francisco Zurbarán, Salvador Dali, Giorgio De Chirico e muitos outros.

Também destacam os ícones bizantinos e russos entre os quais se encontra o da visão apocalíptica procedente do Sacro Mosteiro de São João Teólogo em Patmos (Grécia), o lugar onde o Apóstolo São João, em exílio, escreveu o último livro bíblico sobre o destino do mundo.

O centro da amostra o constituem algumas obra de importância capital na história da representação artística do Apocalipse, acima de tudo a série de 16 gravuras de Durero procedentes de "Apocalypsis in figuris"; o "São Miguel que derrota Satanás" de Guido Reni, a "Imaculada" de El Grego, inspirada na visão apocalíptica da mulher vestida de sol; o Salvador entronizado da escola de Novgorod; as esculturas do românico catalão e do gótico francês; o livro Apocalypse que recolhe obras de sete artistas do século XX, editado pelo Josef Foret em 1961 e bento por João XXIII.