O Senado do Uruguai não aprovou o projeto de despenalizaría o aborto virtualmente por qualquer motivo no país. O "Projeto de lei de Defesa do Direito à Saúde Sexual e Reprodutiva" recebeu 15 votos a favor, 15 contra e uma abstenção.

Primeiro se fez uma votação nominal, legislador por legislador. O Senador (suplente) do Foro Batllista, Washington Abdala, retirou-se. A votação nominal se repetiu duas vezes, e finalmente se levou a cabo a votação em grupo com o empate de 15 a 15.

O debate no Senado antecipou o fracasso do projeto.

A nova tentativa abortista contava com cinco capítulos, quatro dos quais tratam sobre a legalização do aborto.

O nono artigo do projeto legalizava o aborto durante os três primeiros meses da gravidez, e o artigo 12 aumenta sem limites este prazo quando a gravidez implique em um grave risco não só para a vida mas também para a saúde da mulher.

Entretanto, na exposição de motivos, os autores do projeto definem o termo "saúde" como "o estado geral de bem estar físico, mental e social, e não só a ausência de enfermidades ou doenças", por isso a jurisprudência ou o costume poderiam estender em seguida a prática do aborto a todo gravidez, como já aconteceu em outros países com legislações semelhantes.