"As pessoas responsáveis e amantes da liberdade, e é obvio os católicos, não podem aceitá-la sem mais nem menos", afirma o Conselho de Laicos de Madri a propósito da controvertida disciplina "Educação para a Cidadania" (EpC).

Segundo um comunicado emitido pela entidade laica da arquidiocese madrilena, EpC é "incompatível com o direito dos pais de educar moralmente seus filhos" e destaca que "sua finalidade é formar a consciência dos alunos, expõe uma ética relativista e defende termos e conceitos da ideologia de gênero".

Ante a constatação da obrigatoriedade da disciplina para todos os alunos de 10 a 17 anos, o Conselho recorda que "nossos bispos assinalam que a gravidade da situação não admite posturas passivas nem acomodadas e nos animam a atuar de modo responsável e comprometido, recorrendo a todos os meios legítimos para defender a liberdade de consciência e de ensino".

Ante esta situação, os laicos arquidiocesanos expressam seu apoio à "proposta feita por diversas organizações familiares para defender-se frente à imposição da EpC através do direito constitucional da objeção de consciência", e animam aos pais com filhos em idade escolar a expor este recurso "independentemente de que seus filhos estudem em centros públicos ou privados, confessionais ou não".

"Pensamos que os pais católicos -prossegue o comunicado- deveriam ser os primeiros em reagir frente a este ataque à liberdade e consideraríamos uma falta de solidariedade com o resto das famílias espanholas se isto não se fizesse porque em nossa Comunidade Autônoma ainda não será aplicada esta disciplina ou porque às escolas católicas prometeram que poderão adaptar os conteúdos do EpC a seu ideário".

Finalmente, o Conselho de Laicos pede para rezar pelas famílias "para que assumam com valentia sua responsabilidade como formadoras morais dos filhos e transmissoras da fé, apesar das dificuldades que iniciativas como a EpC representam para isso".