Os bispos de Andaluzia expressaram sua preocupação pela situação de insegurança a que foram forçados os professores de Religião ao ter decretado o Governo espanhol a redução do horário de ensino da disciplina nas escolas e recordaram aos colégios católicos que ante a obrigatória "Educação para a Cidadania" devem "desenvolver seu programa de conformidade com o Ideário do Centro".

Depois de uma reunião sustentada em Córdoba nos dias 15 e 16 de outubro, os bispos das Províncias Eclesiásticas de Granada e Sevilha emitiram um comunicado onde lamentam "a redução horária que por lei se produziu na Etapa do Ensino Médio Obrigatório" e expressam sua dor pelas "tensões e angústias que afetaram a seus professores ao verem diminuída sua jornada trabalhista".

Por isso, os prelados andaluzes expressam seu "apóio aos professores de religião ante a insegurança pessoal e familiar que vivem devido a sua situação trabalhista. Reconhecemos que se paliaram alguns dos problemas pontuais derivados de tal redução horária, entretanto, a situação segue sendo insatisfatória no que diz respeito à normalidade jurídica dos contratos trabalhistas do professorado e ao desenvolvimento do programa da matéria em si".

Colégios católicos e obrigatória EpC

Ao abordar o tema da polêmica disciplina obrigatória "Educação para a Cidadania e Direitos Humanos", os bispos destacam que "a responsabilidade última, neste sentido, recai sobre os pais" e recordam aos centros de ensino católicos o princípio que deve reger sua aplicação.

Os colégios católicos "têm que desenvolver seu programa de conformidade com o Ideário do Centro, primando este quanto aos valores e princípios morais que têm que inspirar a educação da Escola Católica", assinala o comunicado.

Finalmente manifestam esperar que, "ante esta situação de insegurança, o Ensino Religioso Escolar alcance a plena estabilidade acadêmica e social que sua natureza e transcendência merecem".