O Arcebispo de rito sírio-católico de Mosul, Dom Basile Georges Casmoussa, desmentiu a informação da agência Aina segundo a qual os dois sacerdotes iraquianos seqüestrados no sábado passado já foram liberados. O Prelado indicou que "os dois padres: Pius Afas e Mazen Ishoa ainda estão nas mãos dos raptores".

Conforme informa a agência Misna, que contatou diretamente o Prelado, a notícia da suposta libertação "não é verdadeira. O último contato com os seqüestradores se deu ontem à noite (domingo) quando ligaram e pediram o pagamento de um resgate de um milhão de dólares. Uma cifra que não está dentro de nossas possibilidades".

"Esta manhã ligamos várias vezes aos seqüestradores, mas até agora não tivemos resposta. Temos fé e rezamos pela libertação de nossos dois sacerdotes", disse o Arcebispo quem além disso comentou que é possível que os presbíteros sejam postos em liberdade "talvez hoje mesmo".

O Papa pede sua libertação

O Papa Bento XVI, depois da oração do Ângelus dominical, afirmou que "seguem chegando cotidianamente graves notícias sobre atentados e violência no Iraque que sacodem a consciência de todos os que estão preocupados com o bem daquele país e a paz na região. Entre estas, hoje recebi a notícia do seqüestro de dois bons sacerdotes da Arquidiocese sírio-católica de Mosul, que foram ameaçados de morte".

"Faço um pedido aos seqüestradores para que libertem imediatamente os dois religiosos, e ao reiterar uma vez mais que a violência não resolve as tensões, elevo uma oração urgente ao Senhor por sua libertação, por todos o que sofrem a violência e pela paz", exortou.

Os sacerdotes foram seqüestrados por extremistas muçulmanos. O rapto ocorreu às 4:00 pm (hora local) no sábado passado quando se dirigiam à Igreja de Nossa Senhora de Fátima em al-Faisaliya.

O Pe. Pius Affas é um professor de Bíblia no seminário local e edita a revista Christian thought. Por sua parte, o Pe. Mazen Ishoa foi ordenado há apenas alguns meses.