O Population Research Institute (PRI), que vigia a organizações que querem impor o aborto e a contracepção compulsiva no mundo, denunciou esta quinta-feira o recente relatório sobre o aborto no mundo divulgado pela controvertida organização abortista "The Guttmacher Institute".

A cada ano, o instituto Guttmacher, batizado em honra de um reconhecido abortista e eugenista norte-americano, Alan Guttmacher, publica um relatório sobre a suposta situação do aborto no mundo.

Mas segundo o diretor do PRI, Steven W. Mosher, o relatório deste ano, como os anteriores "não é mais que um exercício de fantasia para beneficiar-se".

O "estudo" de Guttmacher, divulgado nesta quinta-feira assinala que em 2003 se realizaram 42 milhões de abortos no mundo, a maioria deles em países em desenvolvimento, onde o aborto não é legal.

"É impossível compilar informação confiável sobre a realidade de países em desenvolvimento, nem Guttmacher nem ninguém pode saber quantos abortos se realizaram no mundo este ano ou qualquer outro ano", explica Mosher, ao assinalar que nenhuma instituição e menos Guttmacher, que opera confortavelmente de Nova Iorque, conta com ferramentas para contabilizar os abortos.

"Em Colômbia, por exemplo, Guttmacher informa de centenas de milhares de abortos; entretanto, recentemente, o PRI foi informado pelo Vice Ministro da Saúde desse país que no país se realizaram 50 abortos no mês de maio".

"Este é um indício da magnitude dos exageros de Guttmacher".

Segundo Mosher, Guttmacher "deliberadamente exagera a magnitude do problema do aborto para criar a impressão de que se trata de uma ‘crise de saúde’. Depois de tudo, enquanto possam aduzir que mais mulheres realizam abortos ‘inseguros’, maior é o número de mulheres que supostamente morrem pelo processo"; e desta forma, podem tentar convencer da "necessidade" de legalizar o aborto ali onde é atualmente ilegal.

"Em sua qualidade de braço investigador de Paternidade Planejada (Planned Parenthood, o principal fornecedor de abortos do mundo), o instituto Alan Guttmacher reflete necessariamente a agenda de sua organização patrocinadora, que consiste em impor o aborto a pedido em todos os países do mundo", conclui Mosher.