Ao menos 14 mil instituições e cidadãos solicitaram aos organizadores do Prêmio Nobel da Paz que o galardão deste ano seja concedido às Damas de Branco, uma organização composta por mães, esposas, irmãs e filhas de presos políticos em Cuba que cada domingo se reúnem para partir para uma igreja e rezar pela libertação de seus familiares.

Segundo Mayda Cardín, presidenta do Comitê Gestor Explosão de Lírios nos Estados Unidos, que liderou a solicitude do Prêmio Nobel da Paz para as Damas de Branco de Cuba, a apenas algumas horas do anúncio, "os corações dos milhares de assinantes das solicitações, os que colaboramos com estas gestões devemos estar unidos em um só pulsar e é o reconhecimento ao trabalho de paz, amor e busca de liberdades das Damas de Branco de Cuba e Martha Beatriz Roque Cabello".

Cardín indicou que se apresentaram mais de onze mil solicitações nos Estados Unidos, outras 2.500 da Venezuela, Espanha, México, Argentina, Chile, Peru, Uruguai, Porto Rico, República Dominicana, Canadá e Cuba; e centenas de emotivas solicitações "dos cárceres cubanos recolhidos por esposas, familiares de presos e as assinadas pelo povo cubano".

"Não contamos com as cifras recolhidas por outros Comitês Gestores em Genebra, Espanha, França e México. Sentimos que têm que ser numerosas", indicou.

A dirigente explicou que "ao criar este Comitê Gestor conhecíamos o difícil das gestões considerando a história do Nobel e suas tendências, mas na luta anticomunista não se deve deixar o mínimo espaço para os opressores".

"Em caso de que não sejam nomeadas este ano e segundo os estatutos do Nobel temos 50 anos para obtê-lo. Enquanto esteja Cuba avassalada pelo comunismo, enquanto existam presos políticos e As Damas de Branco continuem seu trabalho este Comitê Gestor seguirá trabalhando até obter o merecido Premio. Assim seguiremos com as solicitações para 2008", antecipou.